Como no texto também presente aqui na página “Segurança hídrica municipal é chave para combater proliferação da COVID-19”, de autoria da urbanista Raquel Rolnik, esta publicação do Observatório das Metrópoles também trata sobre a precariedade habitacional e sobre a falta de infraestruturas hídrica e sanitária em diversas áreas das cidades brasileiras, fato este que agrava a proliferação do coronavírus nessas regiões.
No entanto, mesmo tendo como foco a mesma temática, o texto aqui em questão dá um enfoque maior e um pouco mais específico na situação de comunidades e de ocupações urbanas, trazendo como exemplos uma ocupação de um prédio no centro da cidade de São Paulo - SP e uma ocupação de terreno na periferia de Porto Alegre - RS. No primeiro, é bastante enfatizada a densa ocupação dos pequenos cômodos do edifício e também a falta de água na maior parte dos andares, mesmo o imóvel se encontrando na área central da capital paulista. Já no segundo exemplo, as precariedades hídrica e sanitária existentes são resultado da atuação do poder público, o qual extinguiu diversos serviços públicos da região, pois planeja a remoção de todas as famílias que residem no local.
Por fim, os autores reforçam o fato de que para se realizar os hábitos de higiene recomendados para evitar o contágio pelo novo coronavírus, as residências devem estar contempladas, pelo menos, com as condições mínimas de habitabilidade, as quais incluem acesso à água e a existência de um sistema de esgotamento sanitário no local.
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